segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O Futuro no mercado da música

           O roqueiro Alice Cooper disse que o MP3 está matando a música e disse isso por que houve um tempo em que se vendia discos aos milhares, e sem se preocupar com a pirataria. É claro que a pirataria sempre existiu, desde os velhos tempos das grandes navegações, mas com respeito à música, em meados da década de oitenta, a indústria não sofria nada com as cópias em fitas k7. Havia cantores e bandas que podiam se dar ao luxo de ficar meses e até anos sem se apresentar, fãs saiam de casa para comprar álbuns inteiros por causa de uma única música, coisa estranha para a nova geração do iPod. Mas é verdade, houve um tempo em que cantores e bandas alcançavam discos de ouro, diamante e platina (homenagem dada a artistas que alcançava grande numero em vendas). As grandes gravadoras cresceram, criaram impérios e fizeram fortuna.
           Hoje, graças aos downloads ninguém mais compra um álbum de música, a facilidade de baixar apenas a música preferida, ou mesmo o álbum inteiro na web (na sua maioria de graça), fez com que ninguém mais vendesse milhares de cópias. As lojas de discos e CDs hoje são muito raras e vazias. E em reação para defender o mercado da música, tentam criminalizar o download pirata, mas sabemos que isso não resolve muito. Ainda bem que se resguardaram e já a algum tempo criaram os direitos autorais, e criaram muito mais para impedir que outros lucrem com determinada obra de alguém do que para provar sua autoria. Claro. Vivemos num mundo capitalista antes mesmo que inventassem esse termo. Olharam lá na frente e viram o risco de que talvez voltássemos ao tempo em que um músico recebia somente pela sua performance ao vivo. Um menestrel da corte ou algo do tipo. O que seria o fim! Imagine os cantores apenas cantando pelo amor e pela arte. E o gospel apenas para louvar o Senhor. Difícil, né. Pois é, isso é um mercado, e não um hobby. As gravadoras fazem questão.
           A verdade é que o futuro reserva para o mercado da música tempos difíceis, e o mp3 não acabou com a música, mas deu uma boa pancada no mercado. Estamos em tempos de transformação. Mas no fim, com tantos aparatos e gente trabalhando nisso, o mercado da música sobreviverá bem. As coisas andam difíceis, o mp3 e a internet banaliza um pouco a música, tudo fica mais passageiro e fugaz, e a concorrência mais acirrada. Contudo os cartolas do mercado fonográfico e do show business são espertos e arranjarão novas formas de lucrar pesado com a música

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