Quase toda emissora FM tem uma vinheta que diz que ela é líder de audiência. Mas quem realmente é a líder de audiência? A pesquisa que mede a audiência de rádio não é instantânea e nem precisa como a que mede a audiência das emissoras de televisão. E em cidades do interior é bem menos confiável, ouve-se falar de casos de compra de pesquisas por motivos comerciais, pois a rádio mais ouvida tem força e argumentos para vender mais propagandas. Verdade ou não, o fato é que pesquisas de audiência de rádio são muito raras, pelo ao menos em cidades do interior. O que o público ouve? O que nos leva a ligar o rádio? Blocos comerciais? Não mesmo! Apesar de importantíssimos para a sobrevivência das rádios. Entrevistas e notícias? São interessantes, mas nem por isso as emissoras que têm toda programação voltada para o jornalismo lideram a audiência. O que motiva a maioria realmente é a música. Noventa e nove por cento das pessoas com quem converso, ao serem indagadas sobre o que as leva a ouvir rádio, respondem a palavra “música”. Por isso que quando se fala em programação de rádio, a primeira coisa que vem a mente é música, quadros são fundamentais, mas o que move o bruto da audiência são as músicas.É duro ficar ouvindo blocos comerciais, existem comerciais que têm uma plástica sonora bonita e interessante, mas são muito raros, raríssimos mesmo; ouço rádios com blocos comerciais intermináveis, é um convite, diga-se de passagem, muito convincente para mudar de faixa. Outra coisa que faz uma rádio perder a audiência é o blá blá desnecessário de locutores prolixos, há assuntos que são interessantíssimos, todavia se falados com objetividade, mas existem aqueles que não conseguem passar uma mensagem sem enrolar, daí ficam falando um monte de coisa, isso é muito enfadonho. E o pior são aqueles locutores que são amadores e ficam enrolando em assuntos que não dominam muito bem. Tem ouvinte paciente, mas creio que a maioria não agüenta. Contudo numa FM música nunca é demais, e uma programação de qualidade conta com muita música.
As rádios evangélicas (juntamente com emissoras sublocadas e rádios comunitárias) foram acusadas, com certa razão, de colaborarem com o amadorismo e a queda de qualidade no rádio; claro que não se enquadra nesta situação a rede aleluia pela qualidade e profissionalismo de sua programação, porém cabe às emissoras de sua rede a responsabilidade de zelar por uma programação coerente e criativa que mantenha um bom índice de qualidade e boa audiência nos horário fora da rede. Uma boa audiência é mais importante para quem tem os olhos na evangelização do que para quem tem fins comercias. O segredo é uma boa programação musical. E a verdade seja dita, uma rádio que só toca música gospel não tem tanta eficácia na evangelização, pois o tipo de música que atrai o ouvinte comum é a secular. Programas ou blocos com músicas seculares, que não ferem os princípios cristãos, não farão mal à índole de nenhuma rádio evangélica.
Por isso tem audiência, a rádio que toca mais música e equilibra o resto com inteligência e criatividade.
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