Estive conversando com alguns amigos locutores que moram nos Estados Unidos e estes me confirmaram uma triste, mas dura a realidade, o tempo das vacas gordas das rádios já se foi há muito tempo por lá.
Por que isso?
Qualquer rádio que não manter o seu departamento comercial bem financeiramente será inevitavelmente obrigada a tomar duas atitudes: Fechar as portas ou mudar de formato, isto é, se ainda der tempo.
E é justamente o que tem acontecido na terra do tio san, Com o advento da internet e do ipod as emissoras de rádio estão se tornando desinteressantes e consequentemente, sem audiência e faturamento.
E pensar que Nova Iorque teve grandes emissoras no passado como a 92KTU, onde as vinhetas servem até hoje de inspiração para mim.
Todos dizem a mesma coisa! ... A situação do rádio americano piora cada vez mais. Várias grandes redes estão à beira da falência.
Multidões de profissionais na rua da amargura, a maioria das rádios hoje por lá são vitrolões com antenas.
Acontece que o maior problema é que para o jovem de hoje, o rádio é uma mídia morta nos Estados Unidos.
No subconsciente das pessoas que desfrutam do mundo virtual pairam as seguintes perguntas:
Para que rádio se eu posso ouvir a minha música como e quando eu quero?
Para que rádio se nunca há novidades e eu descubro novos artistas no Face book e Myspace?
Para que rádio se eu encontro minha tribo e interajo diretamente com eles através do SMS e do Twitter?
Para que rádio se ao invés de receber a informação, EU SOU a informação?
Para que rádio se meu iPhone tem milhares de aplicativos onde eu posso me conectar com a web rádios do mundo inteiro e sem comerciais?
Para que rádio se as promoções e novidades estão nos próprios sites e/ou blog das minhas bandas preferidas?
Para que rádio se agora eu não quero intermediários entre eu e os artistas?
Para que rádio se eu escolho e absorvo na hora mais conveniente a notícia que vai me fazer ganhar o dia?
Para que rádio se a programação musical tornou-se chata e repetitiva?
Essa é a realidade lá, mas em breve será a daqui. Ainda temos tempo para nos adaptarmos, pois a internet atinge somente cerca aproximadamente de 20% da nossa população. 79% nunca tiveram acesso a internet.
Temos que interligar o Rádio a internet de forma que o nosso bom e velho rádio continue atual e insubstituível ou este também será o nosso triste, mas real horizonte!
Nossas emissoras precisam estar antenadas a esta nova realidade e pensar desde já em soluções que impulsionem os atrativos do rádio as novas tendências do mundo virtual.
NÃO PODEMOS ESPARAR OS NOSSOS OUVINTES PERGUNTAREM.......
“Para que rádio ?”
Fernando Fernandes.
Produtor de áudio para Rádios. (Radio Efeitos)
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